terça-feira, 24 de abril de 2012

Do Luxo ao Mar: Ilha de Capri

Para mim, a Ilha de Capri sempre foi associada ao luxo e às colunas sociais (vide a ilha da revista caras), mas os inúmeros relatos de sua beleza indescritível me convenceram a visitar este paraíso nada perdido à beira da costa amalfitana. Chegamos à ilha de capri de barco, saídos de sorrento. Os barcos partem várias vezes ao dia e em menos de uma hora chega-se ao local. Por indicações equivocadas, achamos que não seria bom levar o carrinho de bebê, mas as ruas são tão asfaltadas como de fácil acesso (vale lembrar que dificilmente a coluna social desfilaria por ruas intransitáveis) e acabei comprando um carrinho lá mesmo para poder caminhar melhor. A entrada da ilha de capri é exultante. Desfiladeiro acima podemos vislumbrar as centenas de casas ocupadas, originalmente, por constantino, depois por cabras e seus pastores, em seguida por axel munthe, o escritor do lindo livro A ilha de san michele, que abandonou a medicina da alta classe de paris para ocupar aqueles morros, seus castelos abandonados e dedicar a vida a cuidar dos animais locais. É uma pena que essa linda história seja hoje ocupada por lojas da prada, victor hogo (e outras que eu nem sei mencionar) e os ricaços que, em compras, e numa lógica de "ver e ser visto" desconhecem por completo a história tão linda e antiga dessa ilha e seus habitantes. Mas entre as frestas das lojas de luxo, pode-se deslumbrar uma vista única, que demonstra o poder da natureza sobre qualquer rito capitalista.
Para mim, a visita à ilha valeu pelas caminhadas perdidas, entre vielas, cidade acima, cidade abaixo, rumo à história de axel munthe ou às vistas perdidas e não ocupadas pelos hotéis ou pontos de venda. vale pelo poder da natureza e pelas belezas que o sol, o mar e as pedras são capazes de construir sozinhos sem nenhuma interferência do homem.

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