terça-feira, 24 de abril de 2012

A vida numa vila de Roma

A ida à Itália foi motivada pela participação em um congresso internacional, no qual eu e duas queridas amigas tínhamos aprovado um trabalho. Como bem sabíamos, apresentar o trabalho era apenas uma boa desculpa, bem intencionada, de viajar à Itália e estender nossas férias. E foi por isso que decidimos fazer essa viagem, carregando meu pequeno bebê, com 9,5 meses e meus pais que, durante minha participação do congresso, cuidariam do pequeno pelas ruas de Roma. Para facilitar os cuidados com o bebê, decidimos alugar um pequeno apartamento em um site bem bacana que viabiliza aluguel de casas e apês no mundo todo (airbnb.com). O taxi nos levou para uma pequena rua de paralelepípedos atrás da Piazza Campo dei Fiori, em frente a um café que, depois eu descobriria, tinha o melhor cappuccino de toda a região. Estranhamos quando o taxi nos deixou em frente a uma porta de ferro que dava entrada a um muro de tijolos bem antigos. Alguns minutos depois chegou Giuseppe, um rapaz casado com uma sergipana que nos alugara o dito apartamento. Giuseppe abriu a porta de ferro para nos evidenciar, então, uma daquelas antigas vilas italianas, típicas de filmes, em que os apartamentos vão subindo escadas acima, em uma desordem quase que intencional, cheia de gatos, plantas e roupas penduradas. Num estranhamente lindo labirinto de escadas, as casas vão se formando e conformando uma vida comum àqueles moradores. Nosso apartamento era uma pequena porta no andar térreo dessa vila, de frente às bicicletas e à moradia diurna de meia dúzia de gatos. Um pequeno quarto, uma sala acoplada à cozinha e um banheiro. Era tudo o que precisávamos para passar de forma ainda mais mágica aqueles primeiros dias em terras italianas: habitar, mesmo que temporariamente, uma verdadeira vila no centro escondido de roma, entre o pantheon e o bairro judeu.

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