quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Osmose: a propriedade das línguas

Todos aqueles que disseram que era fácil falar em inglês em Hong Kong (inclusive meu guia time out), com certeza só devem ter freqüentado os bairros ocidentais e turísticos. Como estamos com uma nativa, vivendo em um bairro local, podemos vivenciar a dificuldade que é se fazer entender ou conseguir entender este povo. A grande maioria dos restaurantes (locais e, portanto, baratos), não têm menus em inglês. Nas lojas as vendedoras só sabem dizer hello e bye.
Todo o meio da conversa fica em linguagem corporal – quando ela é compreensível.
E por algum motivo intrigante, os chineses acreditam no aprendizado do cantonês por osmose. Mesmo uma vendedora entendendo que você não faz a mínima idéia do que ela está falando, ela insiste e acredita piamente que você conseguirá entendê-la por repetição. E segue falando infinitamente a mesma coisa. Até que você sorri (dica da Abby) e tenta fazer gestos para se fazer entender. Se ainda assim não é possível a comunicação, o melhor a fazer é dizer thank you, bye e ir a outra loja. Afinal, os produtos parecem todos iguais. E viva os made in china.

Mais uma sobre línguas: hoje Otávio, brincando que tinha aprendido a falar cantonês, disse: “na minha escola a gente é educado bivolt”.

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